Rosa dos ventos - de Alegra Catarina

Folha dos ventos – de Alegra Catarina

A pessoa estar amorosamente sossegada num fim de verão qualquer é o marasmo. Os surfistas sumiram, mergulhados no trabalho. Eu subo as curvas, do morro de mato, a cuidar do meu. Sem vir dourada, ganho a cor de sangue no rosto, rosnando o cansaço, enquanto me ponho a correr: do primeiro escuro, até a primeira luz. Camuflada, e a passos largos, vagando a noite, dela não espero nada. Corres ao Norte, eu corro ao Sul, e tropeço em ti, mas não te vejo. Perdemos um ao outro no ato, e foi pra sempre.