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Uma foto de livros na capa do Facebook? Não se assuste se os críticos de marketing aparecerem para uma visita no domingo… Na verdade, aproveito que organizei a prateleira para revisar o que me fez bem ter lido, nos últimos três anos:

+ SUBLIMINAR, Leonard Mlodinow. A mensagem subliminar e a mais importante está na última página. Para uma leitura dinâmica, vá direto até lá: “Nós escolhemos os fatos em que queremos acreditar. (…) Assim, meus pais não dormiram naquela noite, e meu pai ficou ensinando minha mãe a costurar.”

+ O POMAR DAS CEREJEIRAS, Anton Tchekhov. São poucas páginas. Trata-se de uma peça de teatro um pouco difícil de entender no começo, mas com uma mensagem tão simples quanto avassaladora no final. Cuide do que você tem. Não sendo livro de Economia, este é o melhor livro de Economia que já li. A peça está disponível no YouTube (aqui).

+ CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA, Gabriel García Márquez. Enxuto e divertido. Ler mais vezes para melhor compreender a mensagem: é preciso começar a perceber, ao seu redor, aquilo que poderia fazer para evitar maior tragédia, e fazê-lo. Não ser indiferente.

+ ANTIFRÁGIL, Nassim Nicholas Taleb. Intimida, de início, o número de páginas, mas é leitura muito agradável, fluida. Ser antifrágil é não ser frágil, nem robusto (não viver engessado). O próprio autor orienta a pular alguns capítulos mais técnicos, se preferir. Garanto que fazê-lo não trará prejuízo ao aprendizado mais relevante.

+ LA RIQUEZA DE LAS NACIONES, Adam Smith. Escapou da foto. É leitura imprescindível na vida de qualquer que deseje entender o mundo, como e porque funciona. O autor deve, na vida de qualquer indivíduo mais ou menos polido, dispensar apresentações. Reservadas as medidas da importância de um e outro livro no tempo, pode-se dizer que: 1) existe a Bíblia; 2) existe UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A NATUREZA E CAUSAS DA RIQUEZA DAS NAÇÕES. Leia tradução pro Português, é claro. Foi bem Caxias de minha parte tomar para ler edição em Espanhol, a ampliar vocabulário.

+ RECEITA PREVISÍVEL, Aaron Ross, Marylou Tyler. Os autores nos ensinam técnica de vendas importante. É crucial separar em duas categorias as equipes de venda, de tal modo que uma delas traga para a outra leeds qualificados, e a outra feche o negócio. Uma vez entendida a técnica, posta ou não em prática, importante é que o título permaneça ao alcance dos olhos, para te lembrar: do próprio título, o que significa para os negócios!

+ O MÉTODO BIRKMANN, Sharon Birkman Fink, Stephanie Capparell. Pode-se extrair dali uma poderosa lição de como melhorar o trabalho a partir do autoconhecimento da equipe, estabelecendo, deste modo, convivência harmoniosa e produtiva entre pessoas com características distintas e até mesmo extremamente opostas. Eu sou 98% técnica, 2% amável. Não tome como verdade, é só para poder explicar. Outra pessoa – a maioria daquelas com quem convivo – é 98% amável, 2% técnica. É preciso entender o que motiva uma e outra, ter clareza sobre si mesmo, destacar a importância de ambas qualidades. Guarde a santa dica, como quem guarda, por toda vida, um santinho que ganhou do Pe. Fidélis.

+ O PODER DA AUTO RESPONSABILIDADE, Paulo Vieira. Apesar de não gostar do autor, do seu modo de vida enganoso, tenho de reconhecer que o título do livro é suficientemente bom para me lembrar, a cada dia, de que: eu sou a adulta aqui! Ganhei o manual do Jonathan L., em 2018, quero que saiba que sou grata e que tive progressos. Admito, é claro – caso não tenha reparado – que ainda sou excessivamente sarcástica, que minha imagem pessoal definitivamente não reflete a minha alta capacidade técnica, e, claro, estou ciente de que prometo que vou voltar a correr algum dia, há mais de trinta anos, e não cumpro. Certa feita uma professora me bateu na mão com a régua, por menos que isso. Minha letra é bem bonitinha, mas eu não conseguia escrever meu longo nome todo de uma vez, sem levantar a caneta entre Auris e tela. Olhem bem! Para o autor, este seria um exemplo típico de mimimi-vitimização, a superar: “Buá, buá, ela bateu na minha mão…” Garanto que está superado! Se ainda separo as partes do meu nome ao escrever, é por teimosia pura. A depurar mais ainda, quem sabe.

Tenha paciência comigo. Caso raro e perdido de amor dividido entre os números e as palavras, um dia destes, quando teu celular menos esperar, e para o desespero dos críticos de marketing, posso acabar postando uma foto pior: cabelo branco, desgrenhado, roupa molhada de suor, eu correndo. Pior ainda: eu passeando com um poodle no parque, como se a vida já estivesse ganha. Não está. Tenho filhos adoráveis que merecem melhor uso do meu tempo e esforço.

Por hoje é isso. Outro dia passo a limpo e compartilho com o público outras mil e uma páginas de diário, com revelações melhor editadas. Uma curiosidade: você sabia que o Instagram vai passar a monetizar conteúdos? Preferência por vídeos curtos, do tipo tiktok. É um bom incentivo para melhorar a imagem pessoal (com a verdade, nada mais que a verdade!). E por falar nisso, some à tua meta o imprescindível, definitivo, mas não único:

+ BARTLEBY, O ESCRITURÁRIO, Herman Melville. São menos de cem páginas. Leitura agradabilíssima de poucas horas, este livro vai te surpreender em mais de um sentido. É importante, na busca pelo autoconhecimento, saber se você se identifica mais com o personagem principal – é o narrador! -, mais com o próprio Bartleby, ou mais com os outros envolvidos. Prefiro não dizer mais nada.