O de calça marrom, surrupiado do álbum de família.

O de calça marrom, surrupiado do álbum de família.

Proseava eu, outro dia, com os camaradas do escritório, sobre hábitos, estes ímprobos! Deles peço a licença para compartilhar com vocês, outros, o teor da conversa. Posso te contar uma coisa? Pois assim comecei, aliciando-os até concordarem com o consumo legal.

O que fumei na vida inteira (38) foi a pouca exposição que tive à fumaça alheia, na noite, ou no trabalho, antes das leis. E respirei o ar que o pai soprava fora da janela depois do almoço. Largou o hábito há uns vinte anos. O cheiro peculiar antes morava nas roupas e guardo n´algum lugar foto dele moço, fumando entre amigos, que concorreria de mano com alguma da Marlboro. Talvez do dia em que o par de olhos verdes conquistou minha mãe.

O camarada da firma dizia ser difícil, uma vez fumante, manter a palavra de todo início de ano: a de parar de fumar. Dava suas próprias razões românticas para tal necessidade, alegava questões de saúde. Contra argumentei sem nem ter sido chamada.

Creio que a quase afirmação do amigo – era esta mesma -, a de que uma mulher hoje em dia vá perder a excitação (originalmente escrevi “tesão”, mas o corretor apresentou esta palavra mais apropriada para o horário) por um homem que fuma, seja infundada, eu lhe dizia. E desafiei pormos a prova o inverso e variáveis, também.

O Beijo sabor ‘Cerveja e Nicotina’, aguado em muita Saliva, se bem dado, ainda é dos melhores segundo pesquisas da Libido. Perdendo para o Amargo Sabor Chimarrão (desejado), e claro, para Hálito Fresco. Maiúsculas todas no mesmo maço sortido das ervas. Hortelã pra mim, por favor. Sobre aquela outra, que cura doenças raras e entorpece os mais lúcidos, me omito. Deixemos ao sabor e rigor da ciência dizer sobre.

Opas, mas que drogas de vícios de pensamento! Perdi-me, de novo, indo, indo, indo, nesta estrada boa, com a prosa, mas agora, vendo aquele um pé de quê bem ali, aqui mesmo, já me encontrei no onde queria chegar. E vendo a ideia para que se propague:

Acho que o creme dental é produto subutilizado no Aspecto acima. Apostaria numa pesquisa que se propusesse a dar propriedades “extras” a este produto. Falando sério! Ai como sou inventiva, me gabo… Imagine se ao invés de usar adesivo antitabagismo você pudesse escovar os dentes e a nicotina estivesse presente no creme dental da tua preferência. E se ainda a mesma espuma promovesse o clareamento.

Cigarro e adesivo antitabagismo são vendidos sem receita, logo, farmácias de manipulação poderiam tranquilamente administrar nicotina (diga não às outras drogas!) em cremes dentais, sob-receita carimbada e controlada pelo Conselho Internacional de Medicina, assinada em conjunto pelo teu dentista, clínico geral e pneumologista. Procedimento básico.

E isso seria só o começo! Futuramente, quando as pesquisas avançassem, o mesmo “método do creme dental” poderia me ajudar a parar de roer as unhas – admito. Daí era um Abraço!

P.S.: ninguém leva a sério o que digo sobre o creme dental, mas há aqui uma hipótese de patente milionária. Melhor que esta só mesmo o  BUCCAL PROTECT (Made in SBS/SC). Novidade novinha em folha. Invistam!